Você sabia? O Vaticano tem observatório astronômico desde 1582

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Vaticano tem seu próprio observatório astronômico — e ele fica em parte nos EUA; entenda o porquê

Pouca gente sabe, mas por trás dos muros do menor país do mundo, existe uma das instituições científicas mais antigas e respeitadas da história da astronomia: o Observatório Vaticano.

Sim, o centro do catolicismo mundial também estuda as estrelas — e faz isso com tecnologia de ponta, em colaboração com cientistas internacionais, inclusive fora da Itália.

Um dos mais antigos do mundo

O Observatório Vaticano, ou Specola Vaticana, foi criado oficialmente em 1582 por ordem do Papa Gregório XIII, o mesmo responsável pela reforma do calendário que usamos até hoje (o calendário gregoriano).

Na época, o objetivo era mostrar que a Igreja Católica não era contra a ciência, mas sim uma incentivadora do conhecimento astronômico — especialmente para corrigir os erros do antigo calendário juliano.

Duas sedes: Itália e Estados Unidos

Hoje, o Observatório Vaticano funciona em dois locais:

1. Castel Gandolfo, Itália

  • Fica na antiga residência de verão dos papas, a cerca de 25 km de Roma.
  • Lá estão a biblioteca histórica, escritórios de pesquisa e antigos instrumentos científicos.
  • Ainda realiza parte dos estudos teóricos e atividades de divulgação.

2. Mount Graham, Arizona, EUA

  • É onde funciona o VATT (Vatican Advanced Technology Telescope).
  • Construído em 1993, esse telescópio moderno fica a mais de 3.200 metros de altitude.
  • A escolha dos EUA se deu porque a poluição luminosa de Roma impossibilitava observações precisas.
  • É lá que acontecem as principais pesquisas astrofísicas do Vaticano hoje.

Fé e ciência de mãos dadas

O Observatório Vaticano é dirigido por astrônomos jesuítas e continua promovendo estudos sobre galáxias, estrelas, planetas e origem do universo. Ele também colabora com instituições como a NASA e universidades de renome, mostrando que ciência e religião podem caminhar juntas.

Como explicou o irmão jesuíta Guy Consolmagno, diretor do observatório:
“Estudar o universo é uma forma de louvar a criação de Deus.”

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