Uma situação inusitada gerou polêmica em uma paróquia no interior do Brasil. Um padre se recusou a realizar o batismo de um bebê reborn — uma boneca hiper-realista, geralmente tratada com carinho por colecionadores ou pessoas em processo de luto.
O episódio ocorreu após uma mulher, visivelmente emocionada, levar seu bebê reborn até a igreja pedindo que ele fosse batizado como qualquer outra criança. Diante do pedido, o sacerdote, surpreso, se negou a realizar o ritual, afirmando que “sacramento é para seres humanos vivos, com alma”. A situação gerou um debate entre fiéis, internautas e até profissionais da saúde mental.
🗣️ Declaração do padre
Segundo o religioso, “tratar um objeto inanimado como se fosse uma criança real, ao ponto de pedir um sacramento como o batismo, ultrapassa o limite da fé e exige cuidado psicológico”.
Ele afirmou que não se tratava de julgamento, mas de orientação pastoral:
“Essas pessoas precisam de acolhimento e ajuda profissional, não de sacramentos que são próprios da vida cristã real.”
🧠 O que dizem os especialistas?
Psicólogos e psiquiatras ouvidos pela imprensa explicam que o vínculo com bonecas reborn pode surgir por diferentes motivos: desde hobby e colecionismo, até a substituição simbólica de perdas, como abortos espontâneos ou lutos maternos.
No entanto, quando há dificuldade em distinguir fantasia e realidade, pode indicar uma necessidade de atenção clínica mais aprofundada.
📲 Repercussão nas redes
A atitude do padre dividiu opiniões online. Enquanto alguns apoiaram a decisão por questões doutrinárias, outros criticaram a falta de empatia com quem busca conforto emocional por meio da maternidade simbólica.
“Ele deveria acolher e orientar, não julgar ou expor”, comentou uma internauta. Já outro defendeu: “Batizar boneca é brincar com a fé. O padre fez certo”.
⚖️ A posição da Igreja
Até o momento, a diocese responsável pela paróquia não se pronunciou oficialmente, mas fontes ligadas ao clero indicam que não há previsão canônica para o batismo de objetos ou representações simbólicas, sendo o sacramento reservado a pessoas humanas vivas.