Uma nova leva de estudos científicos tem mudado a forma como entendemos o impacto da menstruação no corpo humano — especialmente no cérebro. Segundo pesquisadores de neurociência e endocrinologia, o ciclo menstrual afeta o cérebro feminino de forma ampla, profunda e contínua, influenciando desde o humor e a cognição até a plasticidade cerebral.
🔬 O que dizem os estudos
Pesquisas feitas com exames de ressonância magnética mostram que o cérebro feminino passa por mudanças estruturais e funcionais ao longo do ciclo hormonal. Durante a menstruação, os níveis de estrogênio e progesterona caem drasticamente, o que pode afetar áreas ligadas à regulação emocional, como a amígdala e o hipocampo.

No pico do estrogênio, por outro lado, algumas regiões responsáveis pela memória e aprendizado apresentam maior conectividade e atividade — sugerindo uma flutuação cognitiva natural relacionada aos hormônios.
📉 Impactos emocionais e cognitivos
- Fase menstrual: pode haver maior sensibilidade emocional, irritabilidade e dificuldade de concentração.
- Fase folicular (pós-menstruação): geralmente há aumento da energia, foco e criatividade.
- Fase ovulatória: marcada por maior confiança social, memória e disposição.
- Fase lútea (pré-menstrual): podem surgir ansiedade, cansaço e oscilações de humor.
🧪 A revolução hormonal em movimento
Segundo a neurocientista Dr. Lisa Mosconi, da Universidade Cornell, “o cérebro feminino está em constante transformação. Ignorar o papel dos hormônios no funcionamento cerebral é ignorar metade da história”. Ela defende que o ciclo menstrual deveria ser considerado em diagnósticos, tratamentos e até mesmo no ambiente de trabalho e educação.
💬 A importância da conscientização
Apesar de ser um processo natural, os efeitos da menstruação sobre o cérebro ainda são negligenciados em muitas esferas da sociedade. Especialistas pedem mais estudos e políticas que levem em consideração essas variações, garantindo mais empatia e adaptações no cotidiano de mulheres e pessoas que menstruam.
🌍 Conclusão
O cérebro feminino não é estático: ele se adapta, responde e se transforma com cada fase do ciclo menstrual. Ao compreender melhor essas mudanças, a ciência não apenas combate estigmas antigos, mas também oferece ferramentas para que mulheres tenham mais controle e compreensão sobre seu próprio corpo.