John Davison Rockefeller. Um nome que, por décadas, foi sinônimo de poder, fortuna e ambição. Fundador da Standard Oil e considerado o primeiro bilionário da história moderna, Rockefeller foi o arquétipo do capitalismo americano. Em sua juventude, dominava cerca de 90% do mercado de petróleo refinado nos Estados Unidos, um feito inédito até então. Aos 50 anos, era o homem mais rico e influente do planeta, governando não apenas empresas, mas também moldando a economia de uma era inteira.
Mas o que parecia uma vida intocável de sucesso absoluto teve uma reviravolta brutal.
Aos 53 anos, Rockefeller começou a definhar. Sofria de alopecia nervosa — perdeu todo o cabelo e as sobrancelhas. Seu sistema digestivo falhava, a pele enrugava como a de um idoso e ele só conseguia digerir leite e bolachas. Tomado por estresse, paranoia e solidão, o império que ergueu não era capaz de livrá-lo da sentença mais democrática da vida: a morte.

Foi então que, em meio à angústia e à certeza de que seu fim estava próximo, ele teve uma epifania.
“O dinheiro não tem valor algum se ele não servir para algo além de mim.”
Decidiu, então, renunciar à obsessão por acumular e começar a doar sua fortuna — não por vaidade, mas por propósito. Fundou a Rockefeller Foundation, que viria a ser um dos pilares da filantropia moderna. A fundação financiou pesquisas científicas, combateu doenças devastadoras como a febre amarela e a malária, e ajudou no desenvolvimento e distribuição da penicilina, revolucionando a medicina.
Mas o mais curioso foi o que veio a seguir.
Ao começar a doar, Rockefeller começou a se curar. Lentamente, sua saúde retornou, a mente se acalmou, e o homem que estava condenado a morrer antes dos 60 viveu até os 98 anos, lúcido, produtivo e — finalmente — em paz.
“Tudo pertence a Deus, e eu sou apenas um canal para realizar seus desejos”, declarou, certa vez.
O homem que outrora acumulou o mundo inteiro descobriu, no fim, que o verdadeiro poder não está em possuir, mas em transformar.
JOHN D. ROCKEFELLER
1839–1937
Criador de um império. Redentor de si mesmo.
Um legado que atravessa séculos.