Poucos dias depois de sobreviver a uma das maiores tragédias da história do Brasil, a jovem Jéssica Rohl, de 21 anos, teve sua vida interrompida de forma trágica. Ela escapou com vida do incêndio na Boate Kiss, ocorrido em 27 de janeiro de 2013 em Santa Maria (RS), que matou 242 pessoas e feriu mais de 600 — mas faleceu menos de uma semana depois em um acidente de carro.
Jéssica viajava com o namorado, Luiz Thiesen, que também morreu no acidente. O casal havia decidido sair da cidade por alguns dias para tentar se recuperar emocionalmente da noite traumática que viveram. Segundo informações da época, o carro em que estavam colidiu frontalmente com outro veículo em uma estrada do interior gaúcho.

A morte precoce de Jéssica abalou ainda mais uma cidade já mergulhada no luto. Familiares e amigos relataram que ela estava profundamente abalada com o incêndio, mas determinada a seguir em frente. Sua morte foi recebida como um golpe devastador, descrita por muitos como “uma tragédia dentro da tragédia”.
Dupla tragédia comovente
Jéssica havia escapado do fogo na boate com ferimentos leves, mas as marcas emocionais eram profundas. Amigos relataram que ela sofria de crises de pânico e tinha dificuldade para dormir desde a tragédia.
A repercussão do caso reacendeu discussões sobre o impacto psicológico em sobreviventes de grandes tragédias. Psicólogos destacam que o trauma pós-evento pode afetar decisões, emoções e até reflexos no trânsito, embora não haja confirmação de que isso tenha contribuído diretamente para o acidente.
A história de Jéssica e Luiz se tornou símbolo de um luto coletivo e de como, mesmo após escapar da morte, o destino pode ser cruel de forma impiedosa.